80% dos CISOs das principais instituições financeiras reportam salto de ciberataques
Segundo estudo da VMware, ataques direcionados ao setor financeiro cresceram 238% no período da pandemia
Da Redação
22/06/2020 às 12h01

Não é nenhum segredo que o setor financeiro está entre aqueles mais visados pelos hackers. Entretanto, instituições financeiras têm visto seus ativos serem crescentemente alvo de métodos sofisticados para sequestro de dados e outras informações sensíveis que possam comprometer aos negócios.
Terceira edição do relatório anual “Modern Bank Heists”, produzido pela VMware Carbon Black, aponta que nos períodos de fevereiro a abril deste ano, que coincidem com a pandemia da covid-19, os ataques ao setor financeiro saltaram 238%. Em particular os ataques de ransomware, que cobram por resgate financeiro para liberar sistemas prejudicados, aumentaram em nove vezes no mesmo período.
O estudo combina a análise de dados da VMware sobre ameaças aos resultados da pesquisa anual, que conta com a participação dos 25 principais CISOs, líderes de segurança da informação, de instituições financeiras.
De acordo com o relatório, 80% das instituições financeiras pesquisadas relataram aumento de ataques cibernéticos nos últimos 12 meses – um crescimento de 13% em relação à 2019. Ainda segundo o estudo, 27% de todos os ataques cibernéticos de 2020, até agora, foram direcionados aos setores de saúde ou financeiro.
Sofisticação dos ataques em alta
O aumento da sofisticação dos ataques no último ano foi visto por 82% dos entrevistados. O engenhoso método chamado “island hopping” (em que cadeias de suprimentos e parceiros são obrigados a atingir a instituição financeira principal) foi reportado por 33% das instituições financeiras.
“As instituições financeiras são alvo de grupos de crimes cibernéticos há muito tempo”, aponta Tom Kellermann, líder de estratégia da unidade de negócios de Segurança da VMware. “Ao longo dos anos, os assaltos a bancos mudaram e agora fazem reféns virtuais, enquanto grupos de crimes cibernéticos e estados-nações tentam controlar os esforços de transformação digital. Agora, ao abordarmos o impacto da COVID-19 em escala global, fica claro que as instituições financeiras estão na mira dos invasores.”
O relatório completo pode ser acessado no link.