Como líderes brasileiros estão aplicando dados no negócio?
Oportunidades de uso para aplicação de analytics são vastas, mas CIOs aconselham: é preciso se preparar previamente para navegar mar de dados
Mônica Wanderley
15/06/2020 às 16h00

O setor de Analytcs e Big Data, que sempre foi um dos principais focos dos executivos de tecnologia da informação, teve sua importância ainda mais ressaltava por conta das necessidades e desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
No ebook Transformação Acelerada, que apresenta alguns resultados prévios do estudo Antes da TI, os CIOs que participaram da pesquisa informaram que a divisão de análise de dados e big data teve sua relevância aumentada em mais de 51,20%, por conta das possibilidades de informação que podem ser geradas a partir do uso dessas ferramentas.
E como as empresas estão usando os inúmeros bytes armazenados em seus servidores para gerar competitividade no negócio? Os CIOs Luciano Faustinoni (IBM), Lúcia Almeida (C&C Casa e Construção) e André Costa (CCR), discutiram o tema no painel "Talk data to me: a linguagem dos dados nunca foi tão relevante" durante a primeira edição do IT Forum@home, que aconteceu entre os dias 11 e 13 de junho. Os executivos compartilharam aprendizados para quem também se encontra nesse processo.

Pensamento no consumidor e foco no negócio
O processamento e mineração de dados é um fator de grande importância dentro da CCR, visto que a empresa lida com diferentes modais de grande porte, como rodovias, barcas e aeroportos. Ter uma base organizada permitiu à empresa, por exemplo, auxiliar o público caminhoneiro a ter mais segurança e conforto durante o período de distanciamento social.
“Tivemos que buscar parcerias dentro do ecossistema da CCR para garantir a melhor informação para o caminhoneiro”, afirma Costa, explicando que o trabalho em equipe permitiu à esse público acessar com antecedência informações como os postos que estão abertos, evitando contratempos e maior cansaço.
Já na C&C, está em um esforço para aumentar a eficiência e convergência dos seus serviços de omnichannel enxergou o momento para aumentar essa integração partindo da base física para as plataformas digitais: “Recentemente o pessoal de loja está entrando bastante essa camada do digital, implementando as vendas remotas e expandindo os projetos. Essa integração surpreendeu bastante porque a gente teve uma aceitação muito fácil, a interação entre digital e a loja foi muito forte”, comenta Almeida.
CIO da IBM para a América Latina, Faustinoni apresentou o desafio vivido atualmente pela própria companhia: implementar todas as bases de dados para, em um futuro não muito distante, criar um sistema ao estilo self-service, no qual o colaborador não precise da ajuda da equipe de TI. E a tarefa é tão grande quanto você imagina: “Para você ter uma ideia, a gente mapeou 70 mil tipos de reports de diferentes informações e fontes que provem informação dentro da empresa”.
E, mesmo tendo à mão recursos como o conhecido sistema Watson, o trabalho para deixar essa montanha de dados tratáveis consome boa parte da rotina da equipe: “63% do tempo dessas pessoas envolvidas nesse processo de consolidação está fazendo um trabalho manual, ao invés de gerar insight e inteligência”. E todo esse empreendimento tem um único objetivo: trazer insights que impactem de forma significativa o objetivo de negócio da empresa.
“A gente acredita que os dados funcionam como combustível, a nuvem é plataforma, a IA acelera e o fundamental é o outcome, a inteligência que isso pode prover para você para ter valor de negócio”.
Para saber mais sobre os projetos de análise de dados dos CIOs que participaram do IT Forum@home, acesse a matéria completa disponível no IT Forum 365.